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quarta-feira, 14 de março de 2012

PARALISAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO EM TODO O BRASIL.



Fotos: Marcelo Santana
Professores da rede pública de todo o Brasil suspenderam as aulas de hoje (14) até sexta-feira (16). Na Bahia, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB) espera que as mais de 900 escolas, entre municipais e estaduais, entrem no movimento.  Em Salvador, uma passeata foi realizada nesta quarta (14), a partir das 9h, saindo da Praça da Piedade.

Em Itapetinga os professores juntamente com 
o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), fizeram manifesto pelas ruas da cidade em defesa das reivindicações propostas pela (CNTE) e (APLB). 


O movimento é iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para exigir o cumprimento do piso salarial, que teve reajuste de 22% no final de fevereiro deste ano. Com o reajuste, o valor, que ainda não foi aplicado na Bahia, subiu de R$ 1.187 para R$ 1.451, apenas R$ 39 a menos que professores da rede municipal que possuem curso superior (R$ 1.490).
Fotos: Marcelo Santana

Também faz parte das reivindicações o envio de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) o segmento educacional e plano de saúde plano de saúde para os professores da rede municipal de ensino.

Na quinta-feira (15), representantes da rede municipal de ensino se reunirão na sede da Secretaria de Planejamento (Seplag) para cobrar a inclusão de um plano de saúde aos seus benefícios. Já na sexta (16), um debate sobre a previdência será realizado na Faculdade Olga Mettig, no bairro da Mouraria.

Achatamento
Pós-graduados recebem R$  1.773 e docentes com mestrado, R$ 2.108. No caso da rede estadual, professores formados em Pedagogia passaram a receber a base de R$ 1.586, após o reajuste de R$ 6,5% dos servidores estaduais. Já os professores especialistas, que são os graduados na disciplina que lecionam, têm agora R$ 1.860 de base. Todos os valores se referem a uma carga horária de 40 horas semanais e não incluem gratificações nem auxílios.
 

Na noite desta terça (13), após uma assembleia, a Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb) divulgou nota informando que o estado irá cumprir o piso estabelecido pelo MEC. “O governo da Bahia vai continuar cumprindo o piso salarial nacional aos professores estaduais, como vem fazendo desde 2009”, diz o texto.

A nota diz ainda que o governo “vem praticando uma política de valorização da carreira do magistério público (...) na medida em que, além do aumento linear concedido anualmente a todos os servidores públicos, os professores têm recebido percentuais adicionais a cada ano, proporcionando, desta forma, um aumento real para a categoria”.
No entanto, a Saeb não informou de quanto será esse aumento. A data base para o reajuste dos professores é 10
de abril.

A Secretaria da Educação da Bahia (SEC) informou  que o reajuste do piso afetará apenas 15% do efetivo do estado, já que o restante possui nível superior. Já a Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult) diz que não tem mais nenhum professor apenas com o nível médio, e que todos os profissionais já recebem acima do piso. Segundo a Secult, ainda não foram definidos os reajustes de cada nível, mas o município tem uma política de “desachatamento” de salário, que leva em conta fatores como o desempenho do profissional e as gratificações.

Reivindicações Além do reajuste para quem recebe acima do piso, a categoria paralisada reivindica do governo federal a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação. A luta também inclui o cumprimento do piso nacional por todos os estados (o Rio Grande do Sul, por exemplo, tem piso de R$ 791) e, no caso de Salvador, um plano de saúde para a categoria.
 

Com informações da repórter Priscila Chammas

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