Bancada do Nordeste quer renegociação de dívida dos
agricultores e fruticultores
A Bancada do
Nordeste na Câmara dos Deputados vai sugerir à presidente Dilma Roussef a
renegociação de dívidas e a suspensão dos leilões de terras de pequenos e
médios agricultores e fruticultores que estão em dívida com a União. O
coordenador da Bancada, deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE), explica que
as fortes secas do Nordeste prejudicam a lavoura e, consequentemente, a
economia dos produtores rurais.
Patriota conta
que os agricultores e fruticultores realizam empréstimos com o Fundo
Constitucional do Nordeste (FNE), a juros de aproximadamente 5% ao ano. Mas, em
alguns casos, por falta de recursos do FNE, o empréstimo acaba sendo feito pelo
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com juros mais altos.
“Com as fortes
secas no Nordeste os agricultores não conseguem produzir. E, no caso do FAT,
uma dívida de 20 mil, por exemplo, chega a 200 mil depois de cinco anos.
Retirar as terras dos produtores acaba com seu sustento e aumenta a situação de
miséria na região”, explica.
Durante o
encontro, o representante da Associação dos Fruticultores do Nordeste, Ivan
Pinto, chamou a atenção para a diferença de tratamento dado pelo Governo aos
produtores do Sul e do Nordeste. Ele deu o exemplo da produção de uva para
exportação, que no Sul tem benefício de isenção da embalagem, o que não
acontece no Nordeste. Para Gonzaga Patriota, se os produtores fossem tratados
com equidade, a desigualdade econômica entre as duas regiões seria reduzida. “O
Nordeste tem excelente potencial de produção, mas o Governo precisa investir em
infraestrutura para exportação”.
Força
Segundo Gonzaga,
ano passado a Bancada colaborou com o Governo Federal para a criação dos
programas Água para Todos e Brasil Sem Miséria. “Sugerimos temas que
incentivaram a criação dos programas, agora precisamos focar na ajudar dos
produtores nordestinos”, finalizou.
Liderança do PSB na Câmara
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