A Justiça de Santa Adélia, município de 14,3 mil habitantes do interior de São Paulo, cassou os mandatos do prefeito, vice e três vereadores, acusados de trocar votos por gasolina. O chapa do prefeito Marcelo Hercolin (DEM) era a única concorrente no pleito de 2012. Como cabe recurso, eles continuam no cargo.
De acordo com a sentença, divulgada nessa terça-feira, 23, os então candidatos avisavam o proprietário do posto de gasolina, que era autorizado a abastecer os veículos de moradores que fossem ao local e informassem que a cobrança era em nome de um dos políticos. Os valores eram anotados em uma lista, depois repassada aos candidatos.
Durante a campanha, um juiz eleitoral observou a movimentação e denunciou o caso ao Ministério Público Eleitoral. Segundo depoimentos de funcionários do estabelecimento, a prática ocorreu diariamente e a movimentação aumentou na semana anterior à votação. “Diante de todas as provas colhidas, seja a lista apreendida, sejam as provas testemunhais, não resta dúvida de que os candidatos captaram ilicitamente os votos dos eleitores com a doação de combustível e abusaram do poder econômico”, diz a sentença do juiz eleitoral Rodrigo Rissi Fernandes.
Alguma semelhança com uma cidade na Região Sudoeste ?
Oito
mil pessoas pararam a capital baiana no fim da tarde desta
segunda-feira (17). Em uma manifestação pacífica, estudantes baianos se
uniram ao Movimento Passe Livre que ocorre em todo o País. Na Bahia, as
reivindicações são muito além da gratuidade no transporte público.
Melhorias na educação, saúde, saneamento básico e protestos contra os
altos custos com as obras para a Copa do Mundo foram bases para o
protesto.
Dentre as frentes estudantis estiveram representantes da União dos
Estudantes da Bahia (UEB) e da União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas (UBES), além de estudantes de escolas públicas, de
universidades, professores e adeptos.
Apesar do clima tenso não houve confronto com a Polícia Militar. De
acordo com o comandante Nascimento, a orientação por parte da Secretaria
de Segurança Pública (SSP) era a de não confrontar com os
manifestantes. “Estamos aqui para dar tranquilidade aos manifestantes,
para que possam se deslocar no ir e vir. Nós negociamos uma via somente,
para que as pessoas não sejam importunadas”.
Apenas 30 policiais militares faziam a segurança na saída da
manifestação, às 16h, em frente ao shopping Iguatemi. Ainda de acordo
com o comandante, o efetivo não estava munido com bombas de gás de
efeito moral. “Nada disso será necessário”.
No trajeto, os estudantes saíram do Iguatemi, seguiram pela Avenida
Tancredo Neves e voltaram pela Estação de Transbordo. De acordo com os
manifestantes, o ato de “passe livre” aconteceria ali, quando os
protestantes entrariam nos ônibus e passariam sem pagar a passagem. O
trajeto seguiu adiante pela Avenida ACM e terminou em frente ao shopping
Iguatemi, por volta das 22h. O “passe livre” não aconteceu.
Para o diretor da União dos Estudantes da Bahia, Helder Conceição, o
movimento perpassa por outras questões. “Prioritariamente o objetivo é a
questão do transporte público de qualidade que já discutimos há anos,
mas hoje conseguimos um bom apoio por conta do que está acontecendo em
São Paulo para podermos dar início a este debate, um transporte de
qualidade com um valor acessível. Nós estamos estendendo nossas veias
para além do transporte, como é o caso da educação, que é uma carência
muito grande, e também da saúde”.
O líder estudantil ainda lembra que essa manifestação é uma continuidade
da “Revolta do Buzú”, protagonizada por também estudantes contra o
aumento da tarifa de ônibus, em Salvador, em 2003.
Para a estudante de Direito, Emily Costa, as Copas não deixarão legado
para a população. “Nós teremos uma Copa com investimentos absurdos do
governo e não haverá investimentos em educação, saúde, em coisas
básicas, como moradia. Pessoas estão morrendo soterradas e nas filas dos
hospitais. A revolta é por isso. Nós queremos um estado igualitário.
Essas obras não deixarão nenhum legado para a população baiana. O que a
população precisa é que os governantes os tratem com dignidade”.
Professores também foram adeptos à manifestação. Mônica, professora
autônoma e que não quis informar o sobrenome, apoia o movimento
pacífico. “É uma manifestação pelo direito da legalidade de um
transporte mais barato, pois o transporte de Salvador é um dos mais
caros, e eu acho que os estudantes tem que reclamar mesmo e por isso
estou aqui apoiando. Nem todos os ônibus possuem a meia passagem e isso
tem que ser reivindicado também. O movimento aglutina outras questões
também como a impunidade, a corrupção, o desvio de dinheiro e o
superfaturamento nas obras dos estádios”.
Na
passeata nenhum representante político esteve presente. De acordo com o
diretor da UEB, apesar da frente do movimento ser prioritariamente
partidária, nenhum debate foi feito com o Governo do Estado ou com a
Prefeitura de Salvador. “As forças de luta da juventude estão
participando ativamente, mas os partidos políticos não tomaram frente e
se depender de nós não irão participar. Não fizemos nenhuma reunião com
eles, pois o movimento é novo aqui em Salvador. Vamos ver o que vai dar
depois dessa manifestação. Estamos abertos ao diálogo ”.
Um novo protesto está marcado para esta quinta-feira (20). Segundo a
organização, o protesto terá inicio no Campo Grande e segue até a Arena
Fonte Nova, onde acontece a partida entre Nigéria e Uruguai, no jogo de
estreia do estádio pela Copa das Confederações.
O prefeito de Ibicuí, Abel Cornélio Morais (PDT), morreu na madrugada desta segunda-feira (17), aos 50 anos. Ele foi internado às pressas na noite de domingo (16) na UTI de um hospital de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano.
O político teria sido submetido, recentemente, a uma cirurgia no estômago e não resistiu a complicações posteriores. Agora, quem assume o cargo é a vice-prefeita Gilnay Santana (PTN), irmã do deputado estadual Coronel Gilberto Santana.
A notícia pegou a população de surpresa, pois a cidade está preparada para receber milhares de turistas para a tradicional festa junina que ocorre na cidade todos os anos. Ainda não há informações se o evento será cancelado ou não.
Os professores da rede municipal cruzaram os braços por dois dias (12 e 13 de junho) para cobrar o reajuste de 20%. Os
docentes realizaram manifestação no centro da cidade e se dirigiram para o pátio da Prefeitura Municipal, para chamar
atenção de suas reivindicações. Na última paralisação do dia
06 as escolas fecharam 100%, segundo informações do sindicato. Até o
momento a equipe do prefeito ofereceu 5% de reajuste parcelado em 2,5%
retroativo a janeiro e 2,5% em junho.
A APLB através de estudos técnicos
comprovou que a prefeitura tem condições de reajustar os salários em 20%. Nos dia 12 e 13 somente as creches
funcionarão com os assistentes.
A categoria ainda exige a devolução de mais de R$ 600.000,00 dos mais de R$ 1.200.000,00 que foram desviados de suas finalidades do FUNDEB, os manifestantes ainda exigem transparência na administração pública e a nomeação imediata do novo Secretário de Educação já que a anterior fora exonerado do cargo e não há até este momento um substituto.