Não é
novidade que sentimentos de cunho conservador e preconceituoso estão
intrinsecamente ligados à inteligência baixa. Para concluirmos isso
basta analisarmos o perfil das pessoas que comungam de tais. Mas, para
sairmos da esfera do achismo, uma pesquisa veio para comprovar
cientificamente a citada relação.
Um estudo
feito por pesquisadores de uma universidade do Canadá, chegou a
conclusões bastante interessantes: adultos de baixo QI ou com
dificuldades cognitivas tendem a ter atitudes conservadoras e
preconceituosas (racismo, homofobia, machismo etc).
O estudo
foi dirigido por pesquisadores do departamento de Psicologia da
Universidade Brock, de Ontario e foi publicado pela revista
Psychological Science.
Os dados
levam a crer que as pessoas menos inteligentes se sentem atraídas por
ideologias conservadoras porque estas exigem menos esforço intelectual,
pois oferecem estruturas ordenadas e hierarquizadas, onde o indivíduo
pode se sentir mais confortável.
É bom
deixar claro que inteligência nada tem a ver com escolaridade. Há vários
exemplos históricos (como a Comuna de Paris ou a Revolução Russa) em
que as classes mais baixas e com menos escolaridade se mostraram as
únicas capazes de pensar de maneira progressista.
Hodson
afirma que “menor capacidade cognitiva pode levar a várias formas
simples de representar o mundo e uma delas pode ser incorporada em uma
ideologia de direita, onde ‘pessoas que eu não conheço são ameaças’ e ‘o
mundo é um lugar perigoso ‘…”.
A grande
contribuição dessa pesquisa pode ser a criação de novas formas de
combater o racismo e outras formas de preconceito. “Pode haver limites
cognitivos na capacidade de assumir a perspectiva dos outros,
particularmente estrangeiros”, entende Hodson, já que a crença corrente é
que o preconceito tem origens emocionais, não cognitivas.
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