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quarta-feira, 13 de junho de 2012


O PSB de Itapetinga entende que a luta por uma educação de qualidade é de todos nós.

Você sabe o que diz a lei do piso salarial?

Com atraso em relação aos outros países sul-americanos, o Brasil, através do Ministério da Educação (MEC), definiu em R$ 1.451,00 o valor do piso nacional do magistério para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011. Conforme determina a lei que criou o piso nacional para os professores da rede pública, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no mesmo período.
Determina-se que nenhum professor pode receber menos do que o valor estabelecido pela lei do piso. Apesar de um acordo firmado em 11 de novembro de 2011, posteriormente transformado na lei 12.364/2011, o governador da Bahia, Jaques Wagner, insiste em desobedecer às determinações legais da presidente Dilma Rousseff.

Desde quando os professores estaduais esperam pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial da Educação?

O acordo deveria entrar em vigor em janeiro de 2012. Os professores esperaram, mas o governador não cumpriu o que assinou em documento oficial, portanto eles decidiram paralisar em março de 2012, em sinal de alerta. Voltaram às aulas, sem nenhum pronunciamento do governador. Interesse algum de cumprimento do acordo foi demonstrado por parte do governo do estado.
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Descaso para com a Educação? Indiferença em relação à categoria e aos milhões de jovens estudantes? Abandono do povo? Falta de vontade política de ver o crescimento dos estudantes da rede pública?
O Governo Faz. Sua vida melhora?

Por que, então, a greve?

Quando os professores perceberam que estavam sendo desrespeitados quanto aos seus direitos garantidos por lei, decidiram em assembléia, realizada em 11 de abril de 2012, deflagrar a greve.

Por que a greve se estende até o momento presente?

O governador do estado da Bahia não só se recusa a cumprir à lei do piso, mas também a receber os professores, ignorando-os, mesmo após o descabido corte salarial, bloqueio de operações financeiras consignadas e do crédito alimentação (Cesta do Povo). Essa estratégia de amofinar o educador na Bahia constitui-se em um ardiloso mecanismo de poder na tentativa de obrigar a categoria a se render. A que ponto chega a arrogância e prepotência daquele que se disse representante do trabalhador? Cadê o velho PT das antigas lutas sindicais? Quantas greves Jaques Wagner lideraram a frente do Partido dos Trabalhadores?

Como os professores estão sendo tratados pelo governo da Bahia?

Como representante do PT, Jaques Wagner conhece profundamente as dores e necessidades do trabalhador brasileiro e se vale disso para tratá-lo indignamente, tentando denegrir a imagem do professor diante da sociedade baiana. Trata-o como alguém que merece ser castigado e execrado, ter seus direitos e sua liberdade cerceados. Tenta marginalizar uma categoria que, em qualquer país desenvolvido, é admirada e consagrada como o pilar da sociedade.

Como os estudantes da rede pública estadual estão sendo tratados pelo governo da Bahia?

Os estudantes estão sendo tratados via mídia como verdadeiras vítimas dos algozes professores, por estarem sem suas aulas e atividades escolares. São jovens a favor de quem, aparentemente, o governo luta com todo o interesse de garantir desenvolvimento intelectual e, conseqüentemente, sociocultural. No entanto, sabemos que a História tem provado o contrário. Durante o ano letivo, os estudantes se vêem em escolas sem nenhum recurso para seu real desenvolvimento. Faltam-lhes ventilação e iluminação adequadas em salas, material didático, professores concursados em algumas áreas de conhecimento. Não há reformas (durante o recesso escolar), nem repasse de verbas, nem merenda...
Como afirma a historiadora Elisângela Sales Encarnação: “Essa lista poderia se estender de forma quase que interminável, mas, nada disso prejudica o aluno! O governo, com seu descaso; a mídia, com seus produtos “de alta qualidade”; a sociedade, com seu consumismo; alguns pais, com sua falta de tempo; NADA DISSO PREJUDICA O ALUNO! A ÚNICA COISA QUE O FAZ, É GREVE DE PROFESSOR."

Onde estão os professores estaduais baianos e o seu governador hoje?

Diante dessa situação, professores se mobilizam e se comovem em passeata pelas ruas de Salvador, dormem na Assembléia Legislativa, reúnem em zonais e vão amargurando as péssimas condições enfrentadas para combater as imposições de um mau governo, enquanto Jaques Wagner abandona a cidade, deleitando-se com os prazerosos cenários europeus.
Em 09/05/2012, “O governador Jaques Wagner está em Roma, na Itália, a convite do Congresso Judaico Latino-Americano, entidade que reúne comunidades judaicas da América Latina, para se reunir com o papa Bento XVI, a fim de estreitar os vínculos entre judeus e católicos da região. O governador Wagner fará parte da reduzida delegação que participará da audiência privada que o Congresso Judaico Latino-Americano manterá com o Papa Bento XVI, na quinta-feira (10), no Vaticano.
O convite à entidade foi feito pelo papa Bento XVI, que reconheceu a importância do diálogo inter-religioso e do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Congresso Mundial Judaico (CMJ), federação internacional que reúne e representa as comunidades judaicas e organizações em todo o mundo." http://www.blogdothame.blog.br/v1/2012/05/09/wagner-vai-a-roma-e-tem-encontro-com-o-papa/
Estranho, hein!? Não poder dialogar com os professores baianos e se postar como mediador de diálogos lá fora?

Que posicionamento é esperado da sociedade baiana diante da greve dos professores?

Conclamamos a sociedade a abraçar a causa da Educação na Bahia, como sendo uma luta de todos nós. Não se pode deixar levar pelas propagandas enganosas. Convidamos todas as famílias a refletirem sobre o verdadeiro responsável pelo abandono da Escola Pública em nosso estado. Educação devem ser prioridade e instrumento de desenvolvimento, um trampolim que garanta qualidade de vida, independente de os estudantes serem oriundos da rede pública ou da rede privada. Ser governador significa pensar em promover o bem para todos e a sociedade não pode perder isso de vista. Afinal, a Bahia é Terra de Todos Nós?

Enviado por: Jilvam Olegário Silva
Sec. Geral do PSB - Itapetinga

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